sábado, 31 de maio de 2014

AS 13 REGRAS DE OURO DA BOA GESTÃO

AS 13 REGRAS DE OURO DA BOA GESTÃO

O MANUAL PRÁTICO DE GESTÃO DA FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE


Xadrez Estratégia Carreira Competição Gestão Jogo (Foto: Visualphotos)
Qual o segredo para uma gestão de sucesso? Segundo a FNQ (Fundação Nacional da Qualidade) a resposta está em um conjunto de boas práticas que ajuda as empresas a melhorar seus resultados e a sua produtividade.
De acordo com a FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), são 13 os fundamentos que funcionam como regras básicas que podem ser traduzidas como um manual prático da gestão. Época NEGÓCIOS teve acesso ao documento e revela a seguir cada um deles. Confira:

1. Pense de forma sistêmica e não apenas no próprio umbigo
A organização precisa compreender as relações de interdependência de seus diversos componentes, bem como da organização e o ambiente externo. A forma com que essas relações são gerenciadas afeta positiva ou negativamente a busca dos resultados de competitividade e sustentabilidade da organização.
2. Compreenda seu papel dentro de uma rede de relacionamentos
Toda organização faz parte de uma rede formal ou informal de relacionamentos, em que ocorre a cooperação entre empresas ou indivíduos com interesses comuns e competências complementares, como clientes, parceiros, fornecedores, colaboradores, entre outros membros da sociedade. É fundamental entender seu papel dentro dessas redes e gerir os relacionamentos visando harmonizar todos os aspectos de incompatibilidade.

3. Promova o aprendizado coletivo com o conhecimento compartilhado
Um bom gestor deve estimular o avanço do conhecimento organizacional por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências.
A organização deve buscar o aprendizado participativo e o conhecimento compartilhado. A gestão do conhecimento valoriza e perpetua os ativos intangíveis geradores de diferenciais.
4. A competitividade depende da criatividade e da inovação
É importante que se promova um ambiente favorável à geração, experimentação e implementação de novas ideias que possam trazer um diferencial competitivo para a organização, com desenvolvimento sustentável.
5. A adaptação ao novo deve ser uma meta
É fundamental que a empresa se adapte às novas demandas tanto do ambiente em que está inserida quanto das partes interessadas. Essa ação exige uma maior agilidade por parte das organizações, visando aos processos simples, flexíveis e rápidos, à assimilação de mudanças e à implementação de ajustes e contrapartidas.
6. O líder deve dar o exemplo
O líder precisa atuar de forma aberta, democrática e ativa, incentivando a cultura da excelência entre todas as partes interessadas, a promoção de relações de qualidade e a proteção dos interesses da organização. Inspirador e motivador, ele deve disseminar, entre os colaboradores, os valores da organização, além de ser responsável pela preparação de novos líderes.
7. Equilibre planos a curto e longo prazos
É fundamental que se identifiquem os fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo, assegurando a realização de estratégias apropriadas, que tragam resultados no presente sem comprometer o sucesso no longo prazo.
8. Conhecimento sobre clientes e mercados
É necessário que a organização entenda as necessidades, as expectativas e os comportamentos de seus clientes e do mercado como um todo, visando à criação de valor de forma sustentável e, consequentemente, com foco na competitividade.

9. Seja socialmente responsável dentro e fora da organização
A empresa precisa primar pela relação ética e transparente com todos os públicos com os quais se relaciona, bem como responder pelos impactos sociais e ambientais de suas decisões e atividades e inserir-se no desenvolvimento sustentável da sociedade, por meio da preservação de recursos ambientais e culturais para gerações futuras, do respeito à diversidade e da promoção da redução das desigualdades sociais como parte da estratégia da organização.

10. Incentive, respeite e valorize colaboradores
A empresa precisa criar condições para que as pessoas se realizem profissional e pessoalmente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, do desenvolvimento de competências e de espaços para empreender. Também é importante valorizar a cultura organizacional para que essa seja guiada por valores, costumes e comportamentos que fortaleçam a excelência da gestão.
11. Tome decisões com base em indicadores
As decisões geradas em uma organização são baseadas nas informações recebidas. É importante que elas sejam consistentes, aumentando, assim, a possibilidade de tomada de decisões mais eficazes. O uso correto de indicadores, medições e análise de dados auxilia o processo.
12. Saiba quais processos geram valor na organização
A organização, por meio dos seus gestores, deve conhecer e segmentar o conjunto de processos que agregam valor para os clientes e as partes interessadas. É importante configurar processos em unidades facilmente gerenciáveis e estabelecer seus padrões para atender aos requisitos de desempenho.

13. Estabeleça metas entre seus públicos e meça os resultados
Para alcançar resultados positivos, uma organização precisa gerar valor para suas partes interessadas. Sendo assim, é fundamental estabelecer compromissos e metas de acordo com a satisfação das partes interessadas. Para entender se o caminho está correto, as organizações devem monitorar seus resultados, comparando-se com a concorrência ou empresas que são referência do setor.

CHUVA DE LIVROS


LAMENTO DE UM PAI DE FAMÍLIA






LAMENTO DE UM PAI DE FAMÍLIA
(Escrito há anos por Jorge de Sena e tão actual nos dias de infâmia que vivemos. Relembrado na publicação do meu amigo Nicolau Santos no Expresso de hoje.)
Como pode um homem carregado de filhos e sem fortuna alguma
ser poeta neste tempo de filhos só de puta ou só de putas
sem filhos ? Neste espernegar de canalhas , como pode ser ?
Antes ser gigolô para machos e ou fêmeas , ser pederesta
profissinal que optou pelo riso enternecido dos virtuosos
que se reveêm nele e o decepcionado dos políticos que com ele
não fazem chantage porque não vale a pena . Antes ser denunciante
de amigos e inimigos para ganhar a estima dos poderosos ou
dos partidos políticos que nos chamarão seus génios . Antes
ser corneador de maridos mansos com as mulheres deles fáceis .
Antes reunir conferências de S. Vicente de Paula para roçar
o cu da virtude pelas distracções das sacristias escuras e
e ter o prazer de acudir com camisolinhas aos pobres entre os quais
às vezes aparece um ou uma que dá gosto ver assim tão pobre por
por se lhe verem os pêlos pelos rasgões da camisa ou algo
de mais impressionante para o subconsciente que sempre está nos olhos
que docemente se comovem com a miséria . Antes ir para as guerras
da civilização cristã ou da outra , matar os inimigos da conta corrente
e das fábricas de celofânicas bombas . Antes ser militar .
Ou marafona de circo . Ou santo. Ou demónio doméstico
torcendo as orelhas dos filhos à falta de torcê-las aos filhos
da puta . Ou gato . Ou cão . Ou piolho : Antes correr os riscos do
DDT , das carroças que os municípios têm para os cães suspeitos
de raivosos como todos os cães que se vê não lamberem as partes
das donas ou mesmo dos donos . Antes tudo isso que assistir a tudo ,
sofrer de tudo e tudo , e ainda por cima ter de aturar o amor
paterno eos sorrisos displicentes dos homens de juízo
que deram pílulas às esposas , ou as mandaram à parteira secreta
e elas quiseram ir . Antes morrer .
Mas que adianta morrer ?
Quem nos garante que a morte
não existe só para os filhos da puta ? Quem me garante que
não lá , assistindo a tudo , e sem sequer poder chamar-lhes
filhos da puta , com o devido respeito a essas senhoras que
precisamente
se distinguem das outras por não terem filhos nem desses nem dos outros ?
Mas mesmo isso não consola nada. A quantidade , a variedade
gastaram a força dos insultos . E não se pode passar a vida ,
esta miséria que me dão e querem dar a meus filhos , a chamar nomes
feios a sujeitos mais feios do que os nomes . Como pode um homem
sequer estar vivo no meio disto , e sem saberem primeiro quem,
para não se inquietarem com o problema de terem morto por engano
um irmão , desfalcando assim a família humana de algum ornamento
que a tornava menos humana e mais puta .
Jorge de Sena

7 SEGREDOS PARA A CRIANÇA SER FELIZ




7 SEGREDOS PARA CRIAR CRIANÇAS MAIS FELIZES.

Todos os pais sabem o que querem para os filhos. Ou pelo menos assumem que sabem e acreditam que estão a educá-los e, prepará-los para o futuro de forma a atingirem os objectivos planeados. Mas já pensou verdadeiramente nesta questão?
Não assuma que sabe a resposta. Faça um exercício simples, passe um dia a pensar na pergunta: O que é que eu realmente quero para os meus filhos?
Há dias que queremos apenas que arrumem os quartos, façam os trabalhos de casa, e que durmam uma boa noite de sono. Noutros, delineamos planos bem definidos e começamos a construir o que consideramos ser os primeiros alicerces dos seus castelos.
Mas a verdade é que a resposta é simples, e unânime: o que todos queremos é que os nossos filhos sejam felizes, agora e sempre.
A felicidade é o bem mais procurado do mundo, e não se alcança nem se compra. A felicidade cria-se.
Aqui estão 8 dicas que, aplicadas com paciência e flexibilidade, vão ajudá-lo a traçar o caminho para a felicidade do seu filho:
1. Seja “O” exemplo a seguir
A melhor maneira de ensinar o caminho da felicidade ao seu filho, é mostrar-lhe que é uma pessoa feliz. Ele vai-se tornar na pessoa que vê: as crianças aprendem por observação e imitação, e não fazem aquilo que lhes dizemos, mas sim aquilo que fazemos.  Daí a expressão “Pais felizes, crianças felizes”.
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pais-e-filhos
2. Ofereça-lhe tempo
Para os nossos filhos o sinónimo de felicidade somos nós, os pais. Ofereça-lhe o seu tempo e brinque com ele. Passarem tempo de qualidade juntos vai ajudá-lo a desenvolver autoestima e a confiança. Vão criar laços que se tornarão nas memórias mais ricas do seu filho, e também nas suas.
Os adolescentes, por outro lado, querem coisas: dê-lhes tempo na mesma. Eles não sabem, mas é o que precisam.
Father and son surf lesson in Morro Bay, CA
3. Ensine-o a ser grato
Dizer obrigado, é mais do que se bem-educado. É ser grato pelo que temos. Podemos ajudá-los a ver o copo meio cheio em vez de meio vazio. Ensine-os a serem felizes com o que têm, em vez de ficarem tristes com o que não têm.
4. Deixe-o desenvolver os seus talentos sozinho
As pessoas felizes dominam uma habilidade. Ao dar as primeiras pedaladas na bicicleta, o seu filho aprende a cair e levantar-se tantas vezes que chega a ficar frustrado, isso vai ensinar-lhe a ser persistente e a ter força de vontade. Quando finalmente conseguir andar de bicicleta, vai sentir o sabor da vitória, fruto dos seus próprios esforços.
Ninguém é feliz todos os minutos da sua vida. As crianças precisam de aprender a tolerar a angústia e a infelicidade. O nosso papel é ensiná-los a caminhar, e não carrega-los ao colo o resto da vida.
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5. Deixe-o fazer escolhas
As crianças têm muito pouco controle sobre suas vidas. Nós decidimos tudo para o seu dia a dia, muitas vezes sem questionar quais seriam as suas escolhas. O poder de escolha ensina-os a tomar decisões. Deixe-o escolher a roupa, ou o menu de jantar uma noite por semana. Dê-lhe a oportunidade de tomar pequenas decisões. A sensação de controle vai fazê-lo feliz.
6. Diga “não”
O mundo vai fechar muitas portas na cara do seu filho. Mais do que possa imaginar. Se quer que ele seja feliz, habitue-o a ouvir “não” quando está em casa rodeado de pessoas que o amam.
E o resto do mundo agradece por não ter de lidar com a birra “disseram-me não pela primeira vez” do seu filho.
7. Deixe-o exprimir emoções
É importante permitir que o seu filho seja infeliz de vez em quando. As crianças precisam saber que não há problema em estar triste, e que às vezes, faz parte da vida. Ajude-o a exteriorizar e reconhecer os seus sentimentos. Eles precisam de sentir o nosso apoio nessas alturas. Abrace-o, ele vai sentir que o compreende.
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8. Ame o seu filho incondicionalmente
As crianças fazem asneiras. O seu filho está aos saltos, no sofá e já o mandou parar várias vezes. Ele continua, até que o pai ou a mãe se zangam à séria e gritam o ultimato “É a última vez que aviso…” Ele pára de saltar e começa a chorar. As crianças aprendem através da experimentação/erro, e eles precisam de correr riscos. Mostre-lhe que há consequências, mas que os pais o amam na mesma.
Tornam-se crianças mais seguras e confiantes e aprendem que as pessoas erram, mas há sempre uma oportunidade para corrigir os erros. Porque “errar é humano”.
Quando as crianças sabem que os pais estão SEMPRE ao seu lado, para o melhor e para o pior, tornam-se crianças mais felizes.
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Génio das folhas

FILHO

Mapas Conceptuales

Informática Aplicada à Educação


Redes Sociais na Educação: miragem ou realidade?


A interpretação da SAUDADE

Steve Jobs Discurso Stanford

Novas formas de ensinar e aprender

Assim como a educação, as formas de ver o ensino também estão se transformando, pois elas são um reflexo das novas gerações de estudantes. Por isso, a melhor forma de compreender as reais demandas da área é ampliando o debate para os próprios alunos, para entender o que pensam a respeito de sua própria educação. Com isso em mente, alunos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, reuniram-se no último mês na Faculdade de Design, conhecida como d.school, para debater questões referentes às possibilidades de reimaginar as formas de aprender e ensinar. Para repensar os modelos de educação propostos naquele campus, os organizadores do evento perguntaram aos alunos: o que seria extraordinário para você? Com a liberdade de pensamento, o resultado dos encontros foram ideias provocativas e corajosas, que podem fomentar o debate além dos limites do campus e inspirar a todos que trabalham na área.d.schoolplataforma adaptativa
O debate é sempre uma fonte geradora de ótimas ideias.  Fonte: IFD
O debate é sempre uma fonte geradora de ótimas ideias.
Fonte: IFD
De acordo com Sarah Stein Greenberg, diretora da d.school, as oportunidades que surgem atualmente no ensino superior são exatamente o tipo de desafio com o qual pensadores ficam empolgados. Além disso, ela destacou que o potencial de ruptura do advento da educação a distância tirou todos de sua zona de conforto, trazendo a necessidade de repensar os modelos hoje oferecidos em sala de aula. Para Sarah, um projeto centrado na experiência humana pode oferecer respostas sobre as reais necessidades educacionais dos estudantes. E esse conceito, sabemos, é central na proposta do ensino online.
As propostas que surgiram no encontro foram organizadas por seus princípios teóricos, dando origem aos seguintes modelos de ensino:
Universidade em looping
Esse conceito visualiza a experiência académica não como algo pontual, mas que se desenvolve ao longo da vida. O aluno retoma constantemente sua formação, intercalando-a com sua atividade profissional. Após algum tempo de prática, o estudante retorna ao campus para uma atualização. Já o estudante em início de curso tem a oportunidade de testar fora do campus, no mercado de trabalho, o que foi aprendido na universidade antes de concluir a primeira etapa de sua formação. É interessante perceber que, na EAD, esse conceito não é apenas aplicável como está sendo utilizado, de certa forma. Afinal, a educação continuada é um dos motes da formação online, que tem um grande apelo entre profissionais que já estão inseridos no mercado.
Educação personalizada
Esse modelo propõe o uso do adaptive learning como substituto para o formato de graduação em semestres. Em vez de progredir de caloiros a formandos, os alunos atravessam fases de ensino personalizado em diversos níveis. Dessa forma, o estudante tem a chance de escolher em que conteúdos irá se aprofundar e a universidade terá um melhor entendimento dos estilos e capacidades de aprendizado de cada um. O uso das plataformas adaptativas já é bastante comum no ensino a distância.
Para mudar a educação, nada mais justo do que perguntar a um dos principais interessados: o aluno.  Fonte: Online learning insights
Para mudar a educação, nada mais justo do que perguntar a um dos principais interessados: o aluno.
FonteOnline learning insights
A mudança de eixo
Nessa proposta, a ideia é organizar o currículo de acordo com competências e habilidades que poderão ser utilizadas nos mais variados contextos durante a vida profissional, e não apenas discutidas nas tradicionais disciplinas académicas. Com a adoção desse método, o campus teria que ser redesenhado fisicamente, para comportar os diferentes eixos de capacidades no qual o ensino se basearia. Para o aluno de EAD, a barreira física é inexistente, então uma reformulação curricular baseada nesses termos seria mais rápida, talvez mais eficiente e certamente reversível, se necessário.
Aprendendo com um propósito
Por meio desse modelo, os estudantes estabeleceriam uma missão para sua experiência académica e direcionariam seu aprendizado para o cumprimento da mesma. A meta desse tipo de ensino seria acelerar as contribuições da universidade para transformações reais no mundo, por meio da conversão da experiência acadêmica em algo extremamente pessoal e cheio de significado. Grandes empreendedores que têm projetos em mente e necessitam de uma formação voltada para a efetivação de suas ideias fariam bom proveito dessa proposta, que reuniria em um curso personalizado todos os conhecimentos necessários para o sucesso da empreitada.
É interessante perceber que muito do que permeia o imaginário estudantil sobre o que seria extraordinário em sua educação parece se inspirar diretamente em conceitos já adotados ou, pelo menos, debatidos no âmbito do ensino online. Faz sentido, uma vez que os jovens académicos de hoje são nativos digitais. Ou seja, alunos que já pensam de uma forma bastante pautada pelas infinitas possibilidades que a internet trouxe tanto para a educação quanto para outras áreas. Trazer, portanto, as demandas e questionamentos desse grupo é muito relevante para que o ensino continue sempre inovando, mas sem perder de vista sua maior missão: gerar conhecimento.

Fernando Pessoa


"O navio de espelhos" (Mário Cesariny)



Musica de Rodrigo Leão / Gabriel Gomes
Poema de Mário Cesariny (dito pelo próprio)

As vozes e os poemas, ganham um singularíssimo suporte musical que procura, libertar a estrutura rítmica intrínseca a cada um dos versos,[... numa disfarçada humildade os compositores tudo fazem para acentuar os sentidos da palavra e da voz, construindo atmosferas e serenos cromatismos musicais específicos a cada discurso poético...]
(in "Folha de poesia")



Atividades para melhorar a letra


pensamento


A chatice de ser criança



As crianças de hoje não têm tempo, não têm liberdade e não têm crianças com quem brincar - os irmãos são um bem escasso

Como é ser criança nos dias de hoje? É acima de tudo uma enorme seca. É de tal maneira uma seca que as crianças até precisam de um dia só para elas para nos lembrarmos que são apenas crianças. E a questão não está nos direitos delas - os direitos da criança 55 anos depois de terem sido consagrados pelas Nações Unidas estão muito bem enraizados e protegidos, pelo menos na sociedade ocidental. A questão está em não se permitir que as crianças gozem do facto de serem crianças. Nós teimamos em olhar para as nossas crianças como pequenos adultos e isso dá cabo da vida delas.
As crianças não são como nós. São irresponsáveis, amorais, irrequietas, inconscientes, caprichosas, animadas, em evolução constante a todos os níveis e muito, muito criativas. Depois crescem e ficam assim como nós: responsáveis, moles, conscientes, conformados, sérios, preocupados, sábios e muito, muito pouco imaginativos. Tornam-se burgueses, vá. Mas enquanto não crescem são seres totalmente diferentes. E é por serem completamente diferentes de nós que deviam ter uma vida completamente diferente da nossa. Só que as nossas crianças não têm esse privilégio. Têm muitos direitos, é certo, mas têm uma vida tão chata como a nossa ou mais - nós, pelo menos, somos remunerados pelo nosso trabalho, já eles estudam de graça. As nossas crianças têm tantos direitos e tanta protecção que demos cabo da liberdade delas.
Senão vejamos. As crianças, tal como nós, não sobem às árvores, não brincam na rua, não têm tempo para fazer nada e passam os dias a trabalhar, na ginástica, na natação, etc., vêem televisão fora de horas e os mesmos programas que nós, jogam aos mesmos jogos de consola que os pais, têm a mesma vida social dos pais, andam as mesmas horas de carro que nós, também deliram com tablets ou smartphones, deitam-se à mesma hora, têm o mesmo poder de decisão que nós no que diz respeito a gostos e a quereres, têm objectivos a cumprir desde que metem o pé numa creche e vivem rodeados de adultos em casa. A grande diferença é que nós pagamos as contas e eles não, de resto é quase tudo igual.
As crianças de hoje não têm tempo, não têm liberdade e não têm crianças com quem brincar - os irmãos são um bem escasso. As nossas crianças têm o poder que não deviam ter e não podem fazer aquilo que deviam fazer. Podem bater o pé porque não gostam de espinafres, têm o direito de mandar nos pais, têm a opção de ficar horas a jogar playstation a jogos que dão pesadelos. Por outro lado, não podem ir comprar pão sozinhas, não podem ir de autocarro para a escola e não podem subir às árvores - até os cães vão mais vezes à rua fazer as necessidades do que as crianças vão à rua brincar. Elas também não podem estar sem fazer nada e só podem brincar com brinquedos certificados pelas directivas europeias. A loucura é tal que nem sequer podem soprar balões: uma das normas que regulamentam a segurança dos brinquedos determina que há o risco de as crianças engolirem os balões por isso estão proibidas de os encher.
O Dia da Criança devia chamar-se dia da liberdade infantil. Liberdade de errar para crescer, de brincar para aprender, de respeitar para saber cumprir, de ter regras para aprenderem a exercer os seus direitos, de fazer asneiras para distinguirem o que está certo, de não serem consideradas hiperactivas porque são insuportáveis e até a elementar liberdade de encherem balões. Temos, portanto, um longo caminho por percorrer.

Por Inês Teotónio Pereira 
publicado em 31 Maio 2014 -
Escreve ao sábado

A "caixa de ferramentas" e a "caixa de brinquedos"...

A "caixa de ferramentas" e a "caixa de brinquedos"...
Mais uma bela metáfora de Rubem Alves
Rubem Alves: As tarefas da educação
O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, mão da destreza e do trabalho, ele leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda, mão do coração, ele leva uma caixa de brinquedos. Ferramentas são melhorias do corpo.
Nossa inteligência se desenvolveu para compensar nossa incompetência corporal. Inventou melhorias para o corpo: porretes, pilões, facas, flechas, redes, barcos, jegues, bicicletas, casas... Disse Marshall MacLuhan corretamente que todos os "meios" são extensões do corpo. É isso que são as ferramentas, meios para viver. Ferramentas aumentam a nossa força, nos dão poder. Sem ser dotado de força de corpo, pela inteligência o homem se transformou no mais forte de todos os animais, o mais terrível, o maior criador, o mais destruidor. O homem tem poder para transformar o mundo num paraíso ou num deserto.
A primeira tarefa de cada geração, dos pais, é passar aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles não tenham de começar da estaca zero. Para que eles não precisem pensar soluções que já existem. Muitas ferramentas são objetos: sapatos, escovas, facas, canetas, óculos, carros, computadores. Os pais apresentam tais ferramentas aos seus filhos e lhes ensinam como devem ser usadas. Com o passar do tempo, muitas ferramentas, muitos objetos e muitos de seus usos se tornam obsoletos. Quando isso acontece, eles são retirados da caixa. São esquecidos por não terem mais uso. As meninas não têm de aprender a torrar café numa panela de ferro, e os meninos não têm de aprender a usar arco-e-flecha para encontrar o café da manhã. Somente os velhos ainda sabem apontar os lápis com um canivete...
Outras ferramentas são puras habilidades. Andar, falar, construir. Uma habilidade extraordinária que usamos o tempo todo, mas de que não temos consciência, é a capacidade de construir, na cabeça, as realidades virtuais chamadas mapas. Para nos entendermos na nossa casa, temos de ter mapas dos seus cômodos e mapas dos lugares onde as coisas estão guardadas. Fazemos mapas da casa. Fazemos mapas da cidade, do mundo, do universo. Sem mapas, seríamos seres perdidos, sem direção.
A ciência é, ao mesmo tempo, uma enorme caixa de ferramentas e, mais importante que suas ferramentas, um saber de como se fazem as ferramentas. O uso das ferramentas científicas que já existem pode ser ensinado. Mas a arte de construir ferramentas novas, para isso há de saber pensar. A arte de pensar é a ponte para o desconhecido. Assim, tão importante quanto a aprendizagem do uso das ferramentas existentes —coisa que se pode aprender mecanicamente— é a arte de construir ferramentas novas. Na caixa das ferramentas, ao lado das ferramentas existentes, mas num compartimento separado, está a arte de pensar.
(Fico a pensar: o que as escolas ensinam? Elas ensinam as ferramentas existentes ou a arte de pensar, chave para as ferramentas inexistentes? O problema: os processos de avaliação sabem como testar o conhecimento das ferramentas. Mas que procedimentos adotar para avaliar a arte de pensar?)
Assim, diante da caixa de ferramentas, o professor tem de se perguntar: "Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma pode ser usado? Em que aumenta a competência dos meus alunos para cada um viver a sua vida?". Se não houver resposta, pode estar certo de uma coisa: ferramenta não é.
Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração. Essa caixa está cheia de coisas que não servem para nada. Inúteis. Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a "Valsinha" de Chico Buarque, um cheiro de jasmim, um quadro de Monet, um vento no rosto, uma sonata de Mozart, o riso de uma criança, um saco de bolas de gude... Coisas inúteis. E, no entanto, elas nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que nossos filhos saibam sorrir? Na próxima vez, a gente abre a caixa dos brinquedos...
Rubem Alves, "soixante-dix", é educador. Escreveu, entre outros, "Livro sem Fim" (Edições ASA), publicado em Portugal, e "Se Eu Pudesse Viver Minha Vida Novamente..." (Verus).
Site: www.rubemalves.com.br

Mulheres


Conhecer as crianças...


esculturas em casca de ovos

Português faz esculturas em casca de ovos - Renascença

PROFESSOR!


Pensamentos




Não Quero!


Família é tudo


Basta bater as palmas...

Nas cidades,  as áreas de maior interesse comercial e social são disputadas intensamente todos os dias. Não é para menos, metade da população global vive nas metrópoles, que representam apenas  2% do território do planeta. E em busca de maior densidade nos centros urbanos (e um pouco de especulação imobiliária também), incorporadoras investem na construção de casas e apartamentos cada vez menores, seguindo tendências comprovadas no Brasil durante a última década.  Por exemplo, o número de solteiros (48%)  supera estatisticamente o de casados (39%), segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios de 2011 do IBGE. Casais sem filhos, por sua vez, representam hoje 17,7% do total das uniões ante 13% no ano 2000.
E para ter o conforto de morar, trabalhar, estudar e ter lazer na mesma região, muitos abrem mão do espaço. Em cidades que de fato vivem uma crise de densidade, como São Paulo e Rio de Janeiro,os metros quadrados tendem a encarecer diante da alta demanda. Os moradores não encontram outra opção se não comprar ou alugar casas eapartamentos cada vez menores, que por uma questão de status deixaram de ser “kitnets” para serem chamadas de “studios” ou compactos pelo marketing das construtoras.  Para se ter ideia, um estudo realizado pela imobiliária Lopes mostra que 68% dos compradores na região metropolitana de São Paulo acreditam que unidades compactas são uma tendência consolidada do mercado.  Na mesma pesquisa, questionados se concordariam em comprar um apartamento menor, 58% dos entrevistados responderam que sim. Logo, é bem provável que no futuro apartamentos com não mais que 20 metros quadrados sejam a maioria das opções disponíveis dentro das cidades.
Para bem ou para o mal, começamos a nos acostumar com um estilo de vida mais próximo de países como o Japão e a China. A questão, sem dúvida, é abordada diretamente por designers no mundo inteiro preocupados em atender as exigências de conforto da vida moderna nestes espaços cada vez mais reduzidos. Mas o Massachusetts Institute of Technology (MIT) é provavelmente o detentor da resposta mais high-tech desenvolvida até agora para este problema: fazer mais com menos.
CityHome, projeto lançado neste mês  pelo MIT Lab Media, une em um mesmo móvel/caixa inteligente escritório, quarto, cozinha e sala de jantar. É mais fácil definir o conceito dele como algo parecido com um smartphone feito casa, ou mesmo uma “iHome” digna de palmas de qualquer Apple ou Samsung.
O mais interessante é a fluidez da usabilidade proposta. Cada um dos elementos que compõem o CityHome pode ser chamado conforme a vontade por gestos, toque ou controle de voz. Motores internos ejetam o “cômodo” desejado com a facilidade de uma porta automática e com apenas um movimento simples o módulo inteiro pode se expandir ou comprimir para liberar mais espaço no imóvel. Além disso, há vantagem de o sistema, por ser digital, permitir o download de aplicativos variados para controle doméstico.
A ideia segundo os criadores é disponibilizar o quanto antes o CityHome no mercado. “Ele funcionaria muito bem em cidades onde os mais jovens são pressionados a sair pelos altos preços do mercado. Por US$ 1.000,00 o metro quadrado em Boston, por exemplo, o custo extra pela tecnologia é trivial comparado ao espaço salvo por um apartamento mobiliado”, afirma Kent Larson, pesquisador-chefe do projeto do MIT Lab Media, um centro de excelência no desenvolvimento de soluções para as cidades do futuro.

Porque amanhã é Dia da CRIANÇA...


O TEMPO QUE NÃO TEMOS… E O TEMPO QUE TEMOS...
Quantas vezes pensamos que não somos os pais ideais, que se tivéssemos mais tempo, se não tivéssemos que trabalhar tanto, tudo seria mais simples?
Teríamos mais tempo para estar com os nossos filhos, para lhes dar mais atenção, para simplesmente brincar com eles.
E quantas vezes pensamos que já não aguentamos os miúdos, estão sempre a portar-se mal, a desobedecer, a testar os limites, a recusar fazer os trabalhos, a amuar, a fazer birras, a ter más notas, etc, etc, etc?
E quantas vezes já parámos para pensar que os nossos filhos seguem o nosso exemplo, aprendem por modelagem e imitação?
Se pensarmos nisto, chegamos a uma conclusão: os nossos filhos transformam-se no espelho de nós próprios…
São desatentos ou desconcentrados, pois são. E nós, damo-lhes a atenção devida?
São muito agitados, não param quietos. Pois não. E nós, paramos para estar com eles tempo de valor?
São malcriados, respondem mal, não obedecem às nossas ordens. Pois… E nós, respondemos sempre num tom de voz calmo, cumprimos as promessas que lhes fazemos, ou simplesmente cedemos a um pedido simples, como contar uma história antes de dormir?
Às vezes até o fazemos, mas é sempre tudo tão rápido, que mal damos pelo tempo em que estamos com eles, provavelmente nem nos damos conta, mas foram cinco minutos de uma história corrida, lida num livro que já tem as folhas rasgadas, às vezes não lhes mostramos sequer as imagens (para não perder tempo!!) e não damos aso a que imaginem, que puxem pela criatividade, que sonhem, e que sobretudo interajam em amor connosco.
Estes factores interferem em diversos campos da vida, não só na vida das nossas crianças, como nas nossas próprias vidas.
E é esta a nossa vida. Será que é assim que a queremos viver? Será que nós podemos fazer alguma coisa para modificar este ciclo vicioso?
E a resposta é: Sim, podemos.
Se pararmos para pensar nestas situações, durante cinco minutos, tudo nos faz sentido. Se estamos todos interligados, mas estivermos todos em sintonia, então, sim, é possível mudar tudo.
Esta semana proponho uma actividade muito simples: fazer uma lista (por escrito) de todas as coisas boas pelas quais estamos agradecidos na nossa vida. Podemos agradecer pela família, por termos saúde, emprego, ou pelo carro, pela casa, pela comida. O que quisermos, somos livres de estarmos felizes pelo que quisermos.
Vamos sugerir aos nossos filhos que o façam também, ou que o digam. Que pensem em coisas que os fazem sentir-se bem no dia-a-dia.
Podemos depois pendurar, por exemplo no frigorífico, as nossas listas, e vamos seleccionando, um dia de cada vez, uma coisa que queremos fazer e que nos faz sentir bem. Cada um escolhe a sua (dentro dos padrões possíveis, obviamente).
Façamos isto todos os dias, e quando não é possível, prometemos uns aos outros que vamos fazer no fim de semana.

O objectivo é celebrarmos diariamente as coisas boas da nossa vida. Podemos ir comer um gelado, ou ver um filme há muito prometido, ou dançar um pouco, ou brincar àquela brincadeira especial, ou encher a casa de flores, ou estar com um amigo que não vemos há muito tempo…Proponho isto, e posso com alegria dizer que já o fiz. Agradeci por 50 coisas na minha vida, e muito mais conseguiria fazer. Durante 50 dias senti-me no auge da felicidade. O amor retorna sempre, quando estamos de coração aberto.
Uma boa semana!
Por Dra. Rita Bettencourt
para Up To Lsbon Kids

Perspectivas


Principais Fundamentos da Educação Infantil

Afetividade na Educação Infantil

Todas as pessoas grandes um dia foram crianças...


Desenho animado, muito engraçado

4 Pilares da Educação: 1º APRENDER A APRENDER (RUBEM ALVES)

4 Pilares da Educação: 2º APRENDER A FAZER (RUBEM ALVES)

4 Pilares da Educação: 3º APRENDER A CONVIVER (RUBEM ALVES)

4 Pilares da Educação: 4º APRENDER A SER (RUBEM ALVES) (+playlist)

Rubem Alves fala sobre educação, infância e música

RUBEM ALVES - O PAPEL DO PROFESSOR

"O novo papel do professor é uma velha discussão"

Tecnologia e Metodologia

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Os educadores precisam...

Os educadores precisam compreender que ajudar as pessoas a se tornarem pessoas é muito mais importante do que ajudá-los educadores precisam compreender que ajudar as pessoas a se tornarem pessoas é muito mais importante do que ajudá-las a tornarem-se matemáticas, poliglotas ou coisa que o valha."
(Carl Rogers) 


"Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." Pitágoras