'A Escola para o meu Filho'
Um método onde os alunos 'votam' o que querem aprender

No colégio Os Aprendizes, em Cascais, as salas não têm secretárias alinhadas de frente para o professor.
Os alunos de cinco anos, que passaram agora para o 1.º ano, sentam-se em torno de uma mesa redonda. Estão
numa assembleia.
Os adultos também estão presentes, camuflados por entre as crianças e perguntam-lhes, entre outras coisas, o que é
que gostaram ou não, de fazer durante o ano letivo. A assembleia realiza-se todas as sextas-feiras à tarde e serve
para ensinar as crianças a responsabilizarem-se pelas suas decisões.
Um dos conceitos base é de que nada é decorado ou estudado através dos manuais mas através da experiência.
"O adulto provoca mas quem chega à informação é o aluno, sempre através da experimentação. Nós não nos guiamos
pelo manual", explica ao Expresso a diretora Sofia Borges, que abriu este espaço quando se viu com dificuldades para
encontrar uma escola que gostasse para os seus filhos.Para se "perceber melhor, em vez de aprenderem o funcionamento
do sistema digestivo nos livros, os alunos vão para o moinho que temos lá fora, põem areia e ela vai percorrendo o seu
caminho como percorreria no corpo humano."
O mesmo aconteceu quando tiveram que aprender os pontos cardeais. Neste caso, explica, "os alunos foram para a
rua e perderam-se intencionalmente para depois conseguirem encontrar o caminho de volta, apenas com uma bússola",
explica a diretora. Professores fazem guião, alunos decidem o que querem aprender.
O colégio Os Aprendizes segue o plano curricular do Ministério da Educação, mas são as crianças que escolhem os temas
que querem estudar todas as semanas. Aos professores, compete fazer o guião de acordo com o tema.
Os alunos de cinco anos, que passaram agora para o 1.º ano, sentam-se em torno de uma mesa redonda. Estão
numa assembleia.
Os adultos também estão presentes, camuflados por entre as crianças e perguntam-lhes, entre outras coisas, o que é
que gostaram ou não, de fazer durante o ano letivo. A assembleia realiza-se todas as sextas-feiras à tarde e serve
para ensinar as crianças a responsabilizarem-se pelas suas decisões.
Um dos conceitos base é de que nada é decorado ou estudado através dos manuais mas através da experiência.
"O adulto provoca mas quem chega à informação é o aluno, sempre através da experimentação. Nós não nos guiamos
pelo manual", explica ao Expresso a diretora Sofia Borges, que abriu este espaço quando se viu com dificuldades para
encontrar uma escola que gostasse para os seus filhos.Para se "perceber melhor, em vez de aprenderem o funcionamento
do sistema digestivo nos livros, os alunos vão para o moinho que temos lá fora, põem areia e ela vai percorrendo o seu
caminho como percorreria no corpo humano."
O mesmo aconteceu quando tiveram que aprender os pontos cardeais. Neste caso, explica, "os alunos foram para a
rua e perderam-se intencionalmente para depois conseguirem encontrar o caminho de volta, apenas com uma bússola",
explica a diretora. Professores fazem guião, alunos decidem o que querem aprender.
O colégio Os Aprendizes segue o plano curricular do Ministério da Educação, mas são as crianças que escolhem os temas
que querem estudar todas as semanas. Aos professores, compete fazer o guião de acordo com o tema.
Na sala do professor de português, Pedro Madeira, há uma parede repleta de guiões com vários temas da disciplina, que a
criança pode escolher trabalhar individualmente ou em grupo. "Existe uma cultura de não se perguntar às crianças o que
pensam mas nós aqui perguntamos", diz a diretora: "Somos todos diferentes. Já existe um currículo igual para todos e já
existe uma expectativa de que todos aprendam as mesmas coisas. Ao menos, que se permita que cada um aprenda ao seu
ritmo e da sua forma."Para além das disciplinas comuns a todo o ensino, as crianças têm aulas de yoga, meditação, oficina
das artes e teatro,bem como um grande contacto com a natureza, fomentado por um jardim cheio de árvores e flores.
Todas as classes têm um animal como mascote, ora um cão, um peixe, um gato, um coelho ou um pássaro. Tudo isto para
promover laços afetivos com os animais e para facilitar e fortalecer a capacidade de comunicação das crianças.
"Nós olhamos para a criança como um todo. Ela está na escola para se desenvolver numa série de áreas e as
competências académicas são apenas algumas dessas áreas", diz a diretora Sofia Borges, enfatizando que dialogar,
articular ideias, saber fazer escolhas, viver experiências e retirar delas significado são as competências que o
método High Scope e os Aprendizes valorizam."Tenho a profunda convicção, que nasceu da experiência, que os alunos
estão muito mais disponíveis para aprender quanto mais eu permitir que se expressem", conclui a diretora.
Alunos fazem sugestões para o próximo ano letivo
A última assembleia deste ano letivo terminou. As crianças comemoram o último dia de aulas e os professores
acolhem as sugestões dos alunos atentamente contando que, no próximo ano, a assembleia continue pluralista
e democrática.Neste colégio, a alimentação é biológica e cuidadosamente estipulada por uma nutricionista.
"Não faz sentido investir emmateriais que respeitem o ambiente e depois comer batatas fritas de pacote e Coca-Cola",
esclarece Sofia Borges.
A escola tem dois dias de carne, dois dias de peixe e um dia de comida vegetariana.
O método pedagógico de Os Aprendizes baseia-se maioritariamente na pedagogia High Scope, indo buscar
elementos ao método Waldorf e ao Movimento da Escola Moderna [ver reportagens anteriores e relacionadas
com este artigo]. A pedagogia High-Scope, foi criada nos EUA na década de 60 por David Weikart, para combater
o insucesso escolar.
Defende que a aprendizagem deve ser feita através da experiência e de interações sociais significativas,
porque se acredita que a criança tem um papel ativo na construção do seu conhecimento.
criança pode escolher trabalhar individualmente ou em grupo. "Existe uma cultura de não se perguntar às crianças o que
pensam mas nós aqui perguntamos", diz a diretora: "Somos todos diferentes. Já existe um currículo igual para todos e já
existe uma expectativa de que todos aprendam as mesmas coisas. Ao menos, que se permita que cada um aprenda ao seu
ritmo e da sua forma."Para além das disciplinas comuns a todo o ensino, as crianças têm aulas de yoga, meditação, oficina
das artes e teatro,bem como um grande contacto com a natureza, fomentado por um jardim cheio de árvores e flores.
Todas as classes têm um animal como mascote, ora um cão, um peixe, um gato, um coelho ou um pássaro. Tudo isto para
promover laços afetivos com os animais e para facilitar e fortalecer a capacidade de comunicação das crianças.
"Nós olhamos para a criança como um todo. Ela está na escola para se desenvolver numa série de áreas e as
competências académicas são apenas algumas dessas áreas", diz a diretora Sofia Borges, enfatizando que dialogar,
articular ideias, saber fazer escolhas, viver experiências e retirar delas significado são as competências que o
método High Scope e os Aprendizes valorizam."Tenho a profunda convicção, que nasceu da experiência, que os alunos
estão muito mais disponíveis para aprender quanto mais eu permitir que se expressem", conclui a diretora.
Alunos fazem sugestões para o próximo ano letivo
A última assembleia deste ano letivo terminou. As crianças comemoram o último dia de aulas e os professores
acolhem as sugestões dos alunos atentamente contando que, no próximo ano, a assembleia continue pluralista
e democrática.Neste colégio, a alimentação é biológica e cuidadosamente estipulada por uma nutricionista.
"Não faz sentido investir emmateriais que respeitem o ambiente e depois comer batatas fritas de pacote e Coca-Cola",
esclarece Sofia Borges.
A escola tem dois dias de carne, dois dias de peixe e um dia de comida vegetariana.
O método pedagógico de Os Aprendizes baseia-se maioritariamente na pedagogia High Scope, indo buscar
elementos ao método Waldorf e ao Movimento da Escola Moderna [ver reportagens anteriores e relacionadas
com este artigo]. A pedagogia High-Scope, foi criada nos EUA na década de 60 por David Weikart, para combater
o insucesso escolar.
Defende que a aprendizagem deve ser feita através da experiência e de interações sociais significativas,
porque se acredita que a criança tem um papel ativo na construção do seu conhecimento.
'Bilhete de identidade' de Os Aprendizes:
Esta escola aposta num sistema de ensino que privilegia as interações positivas entre o adulto e a criança,
e o trabalho de equipa.
e o trabalho de equipa.
Para além do método High-Scope, Os Aprendizes também se inspiram na pedagogia Waldorf e no
Movimento da Escola Moderna .
Movimento da Escola Moderna .
Idades: Aceita crianças dos 3 aos 12 anos (pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico).
Horário: 8h / 18h30.
Preços: A mensalidade é de 356 euros. A inscrição custa 275 euros e o seguro escolar 35 euros.
Os valores são iguais em todos os anos escolares.
Os valores são iguais em todos os anos escolares.
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