Está a educar os seus filhos para serem boas pessoas?Os psicólogos de Harvard acham que não. Sim, estamos todos preocupados em educar crianças inteligentes, para que tenham um futuro profissional brilhante. Mas e a simpatia, o altruísmo? Os psicólogos de Harvard prepararam seis dicas.
É provável que tenha perguntado recentemente ao seu filho se fez os trabalhos de casa, ou qual a nota que tirou no teste. Mas quando foi a última vez que lhe fez uma pergunta sobre generosidade e partilha?
De acordo com as conclusões de um novo estudo do projeto Making Caring Common, as mensagens que os adultos estão a enviar aos filhos centram-se mais no alcance de objetivos do que na preocupação de criarmos boas pessoas. Para inverter a situação, a equipa de Harvard recomenda seis princípios gerais para educar os filhos com carinho, respeito e ética.
O estudo, intitulado “As crianças que queremos educar“, começa por afirmar que os miúdos não nascem simplesmente bons ou maus, e que nunca devemos desistir deles. A ideia a transmitir é a de que é sempre possível alguém tornar-se numa boa pessoa, e que esse trabalho começa na infância.
“As crianças precisam de adultos que as ajudem, em todas as fases da infância, a tornar-se solidárias e éticas”. É preciso desenvolver nas crianças “a preocupação pelos outros”, não só porque é o correto, mas também porque sentir empatia e assumir a responsabilidade perante outros é uma grande ajuda no caminho para o sucesso e para a felicidade. Isto porque, no mundo do trabalho, o sucesso depende muitas vezes das colaborações que estabelecemos com os outros, e as crianças que têm empatia por outras pessoas e consciência social serão também melhores colaboradores.
Depois de uma pesquisa e de experiências analisadas junto de algumas famílias, a Making Caring Common, da Harvard Graduate School of Education, recomenda seis princípios gerais com um conjunto de marcos para criar os filhos carinho, de respeito e de ética.
1. Seja um mentor e um modelo forte
As crianças aprendem valores e comportamentos através da observação dos adultos que elas mais respeitam: os pais.
2. Faça do cuidado com os outros uma prioridade
Os pais devem explicar que a preocupação com terceiros é de extrema importância, tanta quanto a nossa própria felicidade. “Embora a maioria dos pais diga que o cuidado com os outros é uma prioridade para os seus filhos, eles não estão a receber essa mensagem”.
3. Crie oportunidades à criança para que possa praticar atos de carinho e gratidão
Boas pessoas todos podemos ser, mas isso não acontece do nada. As crianças precisam praticar o cuidado com os outros, a gratidão e a apreciação pelas pessoas que as tratam bem. “Estudos mostram que pessoas que têm o hábito de expressar gratidão são mais propensos a ser úteis, generosos, a ter compaixão e a perdoar”, escreve a Making Caring Common. Tudo isto ajudará a criança a crescer mais feliz e saudável.
4. Aumente o círculo de preocupação da criança
É normal que as crianças simpatizem mais com um círculo pequeno de familiares e amigos. O desafio aqui é fazer com que os mais pequenos aprendam a preocupar-se e a dar-se com pessoas fora do círculo, tais como um novo colega da escola ou alguém que não fale a mesma língua.
5. Ajude a criança a tornar-se numa pensadora e líder ética
As crianças interessam-se naturalmente por questões éticas e por norma gostam de melhorar a sua comunidade.
6. Ajude a criança a desenvolver o autocontrolo e a gerir os seus sentimentos
Muitas vezes, a capacidade de nos preocuparmos com o outro é suplantada pela raiva, vergonha, inveja ou outro sentimento negativo qualquer.
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