domingo, 30 de novembro de 2014

Andar aos dias: Infância(s) e contexto(s)

Andar aos dias: Infância(s) e contexto(s): Mais um sábado pedagógico. Obrigada às oradoras, Adelaide e Esmeralda por tão bem retratarem o seu oficio e nos oferecerem relatos de práti...

Para que serve o jardim de infância?

“Quem não sabe brincar, não sabe pensar”, defende o psicólogo 
Eduardo Sá, para quem devia ser “obrigatório” brincar todos os dias.
 As declarações, em entrevista Pais&filhos/TSF a propósito do seu
 último livro “Hoje Não Vou à Escola!”, surgem a propósito da “utilidade” 
do jardim-de-infância, um espaço que, diz, deveria servir sobretudo para 
praticar educação física, desenhar, brincar… e contar histórias. Porque
 “quanto mais transformamos a realidade numa história, mais 
matizamos o pensamento de afeto”.

sábado, 29 de novembro de 2014

“A escola que conhecemos vai desaparecer”

“A escola que conhecemos vai desaparecer”

Daniel dos Santos

António Nóvoa, doutor em ciências da educação pela Universidade de Genebra, diz que o velho prédio escolar será substituído por uma instituição que vai muito além da sala de aula

Antonio Novoa
Olhe bem para a escola que você conhece. Ela vai desaparecer. E não é algo para um futuro distante. Os educadores atuais serão responsáveis por esse processo de transição. É o que acredita António Nóvoa, doutor em ciências da educação pela Universidade de Genebra e doutor em história pela Universidade de Paris. Durante sua palestra na Educar Educador, que teve como tema “A construção coletiva do projeto educativo na escola” ele afirmou que “debaixo dos nossos olhos e perante uma certa indiferença da nossa parte, estão acontecendo três revoluções”.
Segundo ele, a primeira delas é a revolução na aprendizagem, que será impulsionada pela tecnologia. “Não se trata de transformar a revolução digital em uma coisa mágica, que vai resolver todos os nossos problemas. É uma mudança histórica de grande significado. Ela está mudando a nossa maneira de sentir, o nosso modo de viver e nossa maneira de aprender”, explicou.
De acordo com Nóvoa, a tecnologia tem potencial para colocar nas mãos dos professores as ferramentas com as quais ele tem sonhado nos últimos anos. “A ironia é que nós pedagogos e educadores humanistas, que sempre fomos céticos em relação a tecnologia, vemos que ela pode finalmente colocar em nossas mãos as ferramentas necessárias parar concretizar o nosso ideário pedagógico”, afirma ele, referindo-se a questões como a individualização do ensino, diferenciação pedagógica e autonomia dos educandos, entre outras.
A segunda revolução está relacionada à sala de aula. A mudança nos ambientes de aprendizagem está transformando a estrutura da escola e acentuando as dinâmicas de interação, de partilha e de construção coletiva de um projeto educativo. Segundo ele, o modelo atualmente utilizado na grande maioria das salas de aula, com professor que transmite para os alunos a informação em uma via de mão única foi criado em 1867 e não atende mais as nossas necessidades. “Nunca pensamos a escola como um espaço integrado, ele está mais para uma soma de salas de aula”, destaca.
Em sua opinião, veremos nos próximos anos uma multiplicação de espaços de compartilhamento do conhecimento, com professores trabalhando em conjunto para produzir um projeto escolar muito diferente atual.
Finalmente, a terceira revolução está relacionada ao que ele chamou de cidade educadora. “Chegou o tempo de pensar a educação para além da escola, de compreender todas as dimensões educativas que existem na cidade, na sociedade”, explica. De acordo com o palestrante, quando o modelo atual de instituição de ensino foi criado, as escolas eram pequenos prédios no meio do nada, com pouca gente nas cidades.
“A escola vivia num deserto cultural e dominado o conhecimento. Hoje, a paisagem dos nossos países mudou muito. Mas a escola continua a trabalhar como se não fizesse parte de um conjunto imenso de possibilidades educativas”, explica. “Precisamos de uma escola mais modesta, que entendam que as cidades têm um potencial educativo imenso”. Segundo ele, a escola como um prédio está com os dias contados. “Teremos uma instituição que vai além da dimensão física”, completa.

Falar igual ao bebê acelera desenvolvimento da linguagem

Estudo aponta que conversar com seu filho de forma infantilizada pode ajudar no desenvolvimento da fala e aumentar o vocabulário da criança. Entenda.

Por Pâmela Reis - atualizada em 29/01/2014 
Mãe conversa com bebê (Foto: Thinkstock)
Seu bebé nasceu e, de repente, o tom das conversas pela casa mudou. As vozes ficam mais agudas, as sílabas se alongam, as vogais se arrastam e, de repente, em meio a bicos e caretas, surge um “Quem é o neném da mamãaaaaae? Quem éeeee? Quer pa-pá, queeer?”. A cena pode ser cómica, mas não se envergonhe! Um novo estudo acaba de mostrar que falar com o bebé desse jeito exagerado pode ajudar a acelerar o desenvolvimento da linguagem da criança.
A constatação vem de uma pesquisa feita pelas universidades de Washington e de Connecticut, nos Estados Unidos. Os pesquisadores analisaram a interação entre filhos de um ano e seus pais e chegaram à conclusão de que não é a quantidade de palavras que o bebé ouve, mas sim a forma como as palavras são ditas que estimula a fala e a formação do vocabulário.
A equipe monitorou 26 bebés por quatro dias, durante oito horas diárias. As crianças usavam roupas equipadas com gravadores de áudio e os trechos de conversa gravados foram posteriormente analisados. No experimento, quanto mais os pais pronunciavam as frases de forma exagerada – algo que os pesquisadores chamam de “baby talk” –, mais o bebé
 balbuciava em resposta, um ato que precede a formação de palavras.
Mais tarde, quando as crianças completaram dois anos, os pais preencheram um questionário que media quantas palavras seus filhos conheciam. Resultado: as crianças cuja família havia usado mais “baby talk” sabiam, em média, 433 palavras; já aquelas cujos pais priorizavam a linguagem normal, evitando o “baby talk”, conheciam apenas 169 vocábulos.
“O que nossa análise mostra é que a prevalência de fala infantilizada está ligada ao melhor desenvolvimento da linguagem, tanto no presente quanto no futuro”, diz Patricia Kuhl, coautora do estudo. “Não basta falar, falar e falar com a criança. O mais importante é trabalhar a interação e o envolvimento com a linguagem”. Ela afirma que o objetivo deve ser engajar a criança na conversa e fazer com que ela balbucie em resposta. Quanto mais isso acontecer, melhor será o desenvolvimento da fala.
Sem erros
Para Carolina Ruiz, coordenadora do serviço de fonoaudiologia do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, os resultados do estudo podem estar associados à musicalidade da voz. “A audição é um sentido desenvolvido ainda dentro do útero, e sons agudos muito melódicos chamam a atenção da criança depois que ela nasce”, diz a especialista. “Quando falamos com um som infantilizado, colocamos muito mais melodia na fala, o que atrai atenção e faz com que a cognição da criança seja ativada, ajudando no desenvolvimento neurológico e, consequentemente, no desenvolvimento da fala”.
Vale ressaltar que a fala infantilizada não deve ter erros. É comum que os pais passem a pronunciar palavras erradas porque acham bonitinho o modo como o filho fala, mas isso acaba reforçando o erro e retardando o aprendizado. Por isso, mesmo dando ênfase aos sons, ao ritmo e às vogais, faça sempre a pronúncia correta das palavras.
A fonoaudióloga do Hospital Infantil Sabará, Denise Madureira confirma que falar com o bebê numa linguagem mais acessível e próxima da dele pode ser benéfico, contanto que se limite a determinada fase do desenvolvimento. “Não há problema quando a mãe tenta entrar na linguagem do bebê. Isso até fortalece o vínculo e faz com que a criança se sinta mais segura. O importante é saber quando parar”, alerta.
Segundo Denise, prolongar demais a infantilização da fala pode ter o efeito contrário e acabar atrapalhando o desenvolvimento natural. “A partir do momento em que a criança já anda, tem contato com as pessoas e consegue se socializar, ela não precisa mais desse apoio [linguístico]”, afirma. Ela aconselha que, aos poucos, os pais passem a falar normalmente, acompanhando a própria evolução do filho.
Carolina Ruiz complementa: “Depois de um ano a criança já tem audição seletiva e consegue direcionar a atenção dela para um som apenas. Com essa capacidade, ela não precisa de estímulos a mais para chamar a atenção”.
Olho no olho
Outra dica importante para ajudar no desenvolvimento linguístico dos bebês é manter o contato visual durante os diálogos. Para Carolina Ruiz, o que prende a atenção do bebê é o tom da voz, a expressão facial e a linguagem corporal. “Por isso, um dos pontos principais é falar olhando no olho da criança. Quando você fala face a face, ela tem o apoio visual da movimentação do seu lábio e isso é muito importante no desenvolvimento da linguagem”, diz a fonoaudióloga.
A mesma pesquisa americana concluiu que conversar com o bebê a sós, sem a presença de outros parentes ou crianças, é mais eficiente para o desenvolvimento da fala do que conversar em meio a um grupo grande de pessoas. Denise sugere ainda que as mães aproveitem as horas de intimidade com o filho para estimular a fala. “Pode ser na hora da alimentação, no banho, na troca da fralda, em momentos que favorecem a proximidade. Quanto mais a criança tiver esse apoio, melhor ela vai se desenvolver”.
As fonoaudiólogas dão mais duas dicas para os pais. A primeira é não deixar que a linguagem gestual ocupe o lugar da fala. Ou seja, se a criança aponta para pedir um brinquedo em vez de dizer o que quer, os pais não devem simplesmente entregar o objeto. O melhor é que digam o nome do brinquedo antes de entregá-lo, incentivando assim a criança a verbalizar suas ideias.
A segunda dica é ficar de olho na alimentação, um fator importante para o fortalecimento da musculatura facial, que terá impacto direto na fala. Denise aconselha que, a partir dos sete meses, os bebês passem a receber comidas mais consistentes de diferentes tipos, o que ajuda a desenvolver a mastigação e, consequentemente, os músculos e articulações do rosto.

domingo, 23 de novembro de 2014

Os 3 Carneirinhos e o Lobo Mau - Historinha Cantada

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sábado, 22 de novembro de 2014

As FORMAS GEOMETRICAS na UFAL

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Ciência divertida. Como saber se um ovo está crú ou cozido

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

terça-feira, 18 de novembro de 2014

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NATAL DO PANDA

Natal dos Pintainhos

Canção de Natal 2011

Pinheirinho Pinheirinho

O relógio do Pai Natal - Sala Amarela

Mariah Carey - All I Want For Christmas Is You

Aulas de apoio e reuniões: componente letiva ou não letiva?

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E se oa animais comessem fast-food

Conflitos do dia a dia: o que fazer quando a criança não quer obedecer?

Conflitos do dia a dia: o que fazer quando a criança não quer obedecer?

Você fala para colocar o sapato vermelho e a criança quer colocar o branco; é hora do banho e ela quer continuar brincando… Esses tipos de situações fazem parte do dia a dia de pais e filhos e geram confrontos entre o que é imposto para a criança e o que ela quer fazer. A forma de lidar com esses impasses, porém, ainda causa muitas dúvidas. Os pais sabem que sempre atender aos desejos da criança pode fazê-la acreditar que tudo gira ao redor de suas necessidades e desejos, por outro lado, impor regras e limites de maneira muito dura e rígida provoca na criança a experiência do “amor condicional”, ou seja, ela assimila a ideia de que se for desobediente corre o risco de “perder” o amor dos pais.

Assim, esses dois extremos devem ser evitados, o que deixa claro que é preciso encontrar uma maneira que represente um meio-termo entre esses estilos de lidar com os conflitos do dia a dia. Um caminho possível para se alcançar esse equilíbro (no qual a criança pode aprender com as experiências em que seus desejos não são atendidos, sem acumular mágoas na relação com os pais por se sentir injustiçada ou incompreendida) é o diálogo.


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Quando existe uma via de diálogo estabelecida na relação dos pais com seus filhos, a criança sente que existe um lugar para expressar seus sentimentos, desejos e opiniões. E, principalmente, ela se sente protegida porque do outro lado estão pais que têm a capacidade de discriminar se o que ela deseja fazer é algo que contribuirá ou não para o seu bem-estar e desenvolvimento. Para tanto, quando os pais falam o que precisa ser feito e a criança argumenta, é importante ouvir o que ela tem a dizer, respeitar o seu ponto de vista e ter paciência para explicar o sentido do que está sendo imposto, de um modo que ela possa entender que se trata de um cuidado. Por exemplo: “Você precisa ir dormir agora, senão amanhã você acordará cansada”. No dia seguinte, quando ela estiver bem disposta porque dormiu cedo, é importante recordá-la: “Está vendo? Você está se sentindo bem porque foi dormir na hora certa”.

Cabe ainda avaliar se o que a criança deseja fazer pode ser atendido ou não. Existem situações como, por exemplo, quando a mãe escolhe a roupa do(a) filho(a) e ele(a) expressa seu desejo de se vestir de outra forma. Dependendo da idade da criança, o desejo dela pode prevalecer. Em outras situações, como quando a criança está entretida em uma atividade e é hora do banho, é possível negociar e combinar quanto tempo ela ainda poderá se dedicar à sua atividade antes do banho.

Ou seja: quando a via do diálogo está estabelecida, os pais têm o exercício constante de discriminar as situações nas quais as regras devem ser impostas, aquelas em que as imposições precisam ser cumpridas, mas podem ser negociadas, e aquelas situações em que o desejo da criança pode prevalecer.

Essa forma de lidar com os conflitos do dia a dia pode ser cansativa, porém, reconhecer e respeitar as necessidades e os desejos da criança – mesmo quando estes não podem ser atendidos – é uma forma de educar que permite espaço para que não apenas desejos sejam compartilhados, mas, principalmente, sentimentos e experiências. Quando o diálogo se estabelece, a criança conhece o caminho pelo qual pode encontrar a outra pessoa. Por isso, no diálogo, a criança nunca está sozinha.

Carla C. Poppa

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

domingo, 16 de novembro de 2014

sábado, 15 de novembro de 2014

Presépio de Natal - Papel Machê (Handcrafts)

Presépio feito de rolinho de papel higiénico, Natal com carinho.

Os 31 fonemas da língua portuguesa

Músicas para o Jardim de infância - Está na hora da saída

Músicas para o Jardim de infância - O livro é um amigo

O nosso Natal é como o dos príncipes do século XIX

O nosso Natal é como o dos príncipes do século XIX

Gravura de D. Fernando II com o rei vestido de S. Nicolau J. REAL ANDRADE/FUNDAÇÃO CASA DE BRAGANÇA
Foi D. Fernando II quem, nostálgico das tradições da sua infância, resolveu um dia fazer no palácio uma árvore de Natal para os sete filhos que tinha com a rainha D. Maria II, e distribuir presentes vestido de São Nicolau. Em Inglaterra, a rainha Vitória encantava-se com a mesma tradição, trazida pelo seu marido, Alberto, primo de D. Fernando. Pela mão dos dois primos germânicos nascia a festa de Natal como a conhecemos hoje.Alguns dos principezinhos espreitam por detrás de uma cortina. Um outro, mais velho, está sentado numa cadeira, rindo, com as pernas no ar. Há um que parece tapar os olhos, como quem espera uma surpresa, e as duas meninas espreitam para dentro de um dos sacos da figura vestida de escuro que ocupa o centro da gravura. Ao fundo, sobre uma mesa, está, toda enfeitada, uma árvore de Natal.
Eram assim as noites de Natal da família real em meados do século XIX. D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II e pai dos seus sete filhos, representava nas suas gravuras e águas-fortes o ambiente familiar, com ele próprio vestido de S. Nicolau a distribuir presentes. Mas o que é significativo na imagem é o facto de, segundo se crê, ela ser a primeira representação de uma árvore de Natal em Portugal.
D. Fernando era alemão. Com o seu primo Alberto, tinha passado a infância comemorando o Natal segundo a velha tradição germânica de decorar um pinheiro com velas, bolas e frutos. Por isso, quando começaram a nascer os seus filhos com D. Maria II - a rainha teve 11 gravidezes, mas só sete crianças sobreviveram, e a própria D. Maria morreu aos 34 anos, no parto do 11.º filho - D. Fernando decidiu animar o palácio com um Natal de tradições germânicas.
A rainha ficava encantada. Nas cartas à sua prima, a rainha Vitória falava com entusiasmo dos preparativos para a festa de Natal, que seria, aliás, muito semelhante à que Vitória (que tinha casado com Alberto) organizava no Castelo de Windsor, em Inglaterra.
"Nada, nem o ar amuado de D. Pedro [o primogénito e futuro rei D. Pedro V], conseguia estragar as festas de Natal", escreve Maria Filomena Mónica em O Filho da Rainha Gorda - D. Pedro V e a sua mãe, D. Maria II, conto que escreveu inicialmente para os netos e que foi depois editado pela Quetzal. "Na Alemanha, onde havia grandes florestas, era costume montar-se, nessa época, uma árvore, enfeitada com flores, bonecos e bolas. Em Portugal, o uso era antes o presépio, com o Menino Jesus nas palhinhas. Em 1844, D. Fernando resolveu fazer uma surpresa à família. Colocou em cima da mesa um pinheirinho, pondo ao lado os presentes."
Podemos imaginar o que seriam os presentes dos príncipes graças a outra gravura de D. Fernando que mostra o príncipe D. João, pequenino, com uma camisa de noite comprida e segurando um cavalinho na mão, a olhar para uma mesa enfeitada com a árvore de Natal, e rodeado de bonecos - um tambor, um estábulo com animais, um soldado de chumbo montado num cavalo. O Natal deixava de ser apenas uma festa religiosa e passava a ser uma festa das crianças.
A vida da família real
"O século XIX é fracturante em relação ao passado na promoção de uma nova visão do convívio da família", explica Nuno Gaspar, historiador e técnico do Palácio da Pena, em Sintra, onde preparou uma visita, realizada no ano passado, que tinha como tema o Natal da família real (embora, sublinha, durante a época do Natal, os reis e os filhos não estivessem na Pena, mas sim no Palácio das Necessidades, em Lisboa). "A tradição dos presentes não existia, sobretudo nos meios mais populares. Esta associação dos presentes que são trazidos pelos Reis Magos para oferecer ao Menino Jesus não existe antes. Pôr as crianças no centro das festividades do Natal é obra do século XIX."
Ao contrário do que acontecia anteriormente, é agora evidente uma intimidade muito maior entre pais e filhos - e os ambientes domésticos reflectem isso. Sobretudo o Palácio da Pena, onde D. Fernando pôde tornar realidade o sonho de qualquer romântico, nas salas indianas ou árabes, nos salões, nos quartos ricamente decorados, nos espaços mais pequenos para as noites em família, a ler, a tocar piano ou a brincar com as crianças, nas torres e num jardim com pontes, grutas, pérgulas e fontes.
"O homem do Romantismo não gosta de grandes espacialidades, prefere espaços acolhedores, quentes, que promovam a aproximação entre os indivíduos", acrescenta Nuno Gaspar. "A Pena é a expressão de uma modernidade, um espaço que tem que se prestar a acolher o tempo íntimo da família."

Can We Auto-Correct Humanity? (Legendado)

Todos Aprendem (Módulo 6) - Habilidades matemáticas: o que são, como avaliar e como melhorar from Instituto ABCD on Vimeo.

Todos Aprendem (Módulo 3) - Como ajudar o aluno a ouvir, entender e falar melhor? from Instituto ABCD on Vimeo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Enfeite de Natal Chaminé

PEQUENIÑOS : Pequeninos e Rebeldes. Porque?

PEQUENIÑOS : Pequeninos e Rebeldes. Porque?: Pedrinho tem apenas 18 meses e muitas vezes parece saber bem o que quer, quando a mãe não faz o que ele deseja, Pedro se joga no ...

PEQUENIÑOS : Crianças sem limites? O que fazer? Quais as conseq...

PEQUENIÑOS : Crianças sem limites? O que fazer? Quais as conseq...: Recentemente a lei da palmada foi aprovada no Brasil e se a questão de crianças sem limites já era um tópico em pauta, agora isso se i...

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Músicas para o Jardim de infância - A história de uma lagarta

Desenho e história infantil Chapeuzinho Vermelho portugues Brasil

João e Maria - Na Floresta

A Galinha Ruiva

Adivinha o quanto eu gosto de ti - As Aventuras do Lebrinha Cor de Mel -...

CACHINHOS DOURADOS - A HISTORINHA COMPLETA DIRETO DOS LIVROS

MÚSICA OS TRÊS PORQUINHOS COM LETRA EM E V A - PARA ESCOLINHAS

O LOBO FAMINTO - DIRETO DOS LIVROS E MAIS DESENHOS ANIMADOS EM PORTUGUÊ...

O LEÃO MEDROSO LINDA HISTÓRIA - DESENHOS ANIMADOS EM PORTUGUÊS DA DISNEY

PINÓQUIO MÚSICA ESPECIAL - PARA SALAS DE AULA

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pré-Escolar - Sala 3/4 Anos -"O Outono na palma das nossas mãos..."

Músicas para o Jardim de infância - O outono

Músicas para o Jardim de infância - Dum bi dari

O poder do abraço



Escrito por Teresa Diogo Terça, 22 Julho 2014


As crianças precisam de demonstrações físicas de afeto para se sentirem amadas e crescerem felizes. O toque ajuda-as a gerir emoções, a aprender melhor e até a serem mais resistentes às doenças. Já abraçou o seu filho hoje?

Mimo nunca é demais
Precisamos de quatro abraços por dia para sobreviver, oito para manutenção do bem-estar e 12 para crescer. A quantização é da conhecida psicoterapeuta norte-americana Virginia Satir e, embora possa parecer exagerada face ao ritmo alucinado a que tantas vezes vivemos, a verdade é que a necessidade do abraço é bem mais profunda – quase orgânica – do que imaginamos.
“Os abraços são tão vitais para a saúde e desenvolvimento das crianças como a comida e a água”, defende a psicóloga Ana Margarida Marcão, da Oficina da Psicologia, explicando por que é o toque tão importante desde cedo: “Um bebé reconhece os seus pais inicialmente pelo toque e cerca de 80 por cento da sua comunicação é feita através do movimento corporal. Portanto, é mais fácil comunicar com eles pelo contacto físico. Um abraço ‘dirá’ à criança que ela é amada, querida, protegida e que está em boas mãos, dando-lhe uma sensação de segurança de uma forma que as palavras não conseguem”.
E este toque é primordial desde o primeiro minuto para estimular o processo de vinculação, que vai refletir-se no desejado desenvolvimento saudável e equilibrado da criança. “O contacto corporal mãe-bebé, desde os momentos imediatos ao parto, resulta em efeitos positivos na interação entre os dois, observados quer a curto quer a longo prazo”, confirma a psicóloga clínica Carolina Martins Faria, do Gabinete de Psicologia, acrescentando que “ao longo do desenvolvimento, as manifestações de afeto, consistentes, previsíveis e sensíveis, são essenciais para a construção de laços afetivos e para uma relação de confiança com os pais”. Além dos benefícios de uma vinculação segura, “o conforto proporcionado pelo contacto corporal (abraçar, tocar) é uma ferramenta importante na gestão emocional, particularmente em crianças pequenas”. Ou seja, ajuda a criança a regular as suas reações quando é confrontada com situações de stresse ou com emoções negativas.
Mas os benefícios do toque não se limitam apenas ao plano emocional: há todo um conjunto de efeitos positivos também a nível físico que não devem ser menosprezados: “O afeto e cuidado transmitidos através do toque aumentam os níveis de oxitocina no cérebro”, explica Ana Margarida Marcão. A ocitocina (hormona libertada na corrente sanguínea) “relaxa o corpo, diminuindo o ritmo cardíaco, a pressão arterial e os níveis de cortisol”. O excesso de cortisol no cérebro (em resposta a situações de stresse) “afeta o desenvolvimento do sistema límbico, que controla e gere as emoções, e interfere também com a capacidade da criança para aprender e crescer”. Assim, sublinha a psicóloga, “o toque tem um papel significativo na capacidade da criança regular as suas próprias respostas ao stresse”. Um abraço promove ainda “a libertação de dopamina (uma hormona que atua como um estimulante), criando uma sensação de prazer no cérebro” e “reforça o sistema imunológico, ao aumentar os níveis de hemoglobina (que transporta o oxigénio aos nossos órgãos e tecidos) no sangue”. Afinal um abraço não é “só” uma reconfortante manifestação de afeto, é um ato quase mágico, com um poder que tem tanto de ancestral e profundo como de inesperado.

Dos prematuros aos idosos
A investigadora norte-americana Tiffany Field, diretora do “Touch Research Institute” do Departamento de Pediatria da Universidade de Miami, estuda há mais de 30 anos o poder do toque ao longo das várias fases da vida, desde o nascimento à velhice, e não tem dúvidas de que o contacto físico é “muito importante”. “Desde o abraço à massagem, o toque tem efeitos positivos na saúde, ajudando a reduzir a dor, a ansiedade e a agressividade, promovendo a estimulação do sistema imunitário, melhorando a saúde cardiovascular… e sem efeitos secundários”, afirmou à Pais&filhos. O interesse da pediatra pelo toque surgiu, numa primeira fase, quando se debruçou sobre os bebés prematuros e a forma como podem ser ajudados a ganhar peso.
“Descobrimos que os prematuros que recebem massagens ganham peso mais depressa, respondem melhor aos estímulos sociais e vão para casa mais cedo”, explicou. A partir daí, Tiffany Field e a sua equipa têm realizado dezenas de estudos sobre os efeitos do toque, não só nos bebés como ao longo de toda a vida. Um das suas investigações, publicada no “Early Child Development and Care”, em 1999, concluiu que as crianças em idade pré-escolar que recebem mais demonstrações físicas de afeto dos pais são menos agressivas para os seus pares na escola.
Perante isto, valerá a pena refletir: quantos abraços (não) damos aos nossos filhos na correria do dia-a-dia? Antes de nos deixarmos amargurar com este pensamento, Carolina Martins Faria lembra que “mais importante do que a quantidade, é proporcionar abraços e manifestações de afeto enquadradas numa relação responsiva e sensível às necessidades do outro. Isto é, os abraços devem surgir de uma forma adequada ao contexto e aos sinais que nos são transmitidos pelo outro, respeitando as caraterísticas individuais de cada um, de forma a não serem intrusivos e percecionados como negativos”.
Isto é especialmente importante na adolescência. Um abraço “imposto” à frente dos amigos pode ter um efeito oposto ao desejado. “Os pares dos adolescentes são muito importantes para eles e eles importam-se com o que pensam. Envergonhá-los à frente dos amigos é uma muito má ideia”, lembra Ana Margarida Marcão. Não é que os adolescentes não precisem de abraços, pelo contrário, mas é preciso respeitar toda a transformação que estão a viver e que muitas vezes conduz a um desinvestimento no que diz respeito às demonstrações de afeto entre pais e filhos.
“O confronto com a novidade, com um corpo em transformação, com todo um novo mundo emocional (turbulento) e a constituição de uma nova identidade, levam a que o adolescente necessite de deixar os laços demasiado próximos com os pais e de interromper as ações anteriores que com eles tinha”, explica a psicóloga, sublinhando, contudo, que “existem muitas razões para abraçar um adolescente, incluindo os rapazes: eles estão diariamente numa montanha russa emocional, não entendem realmente porque sentem o que sentem e isso fá-los sentirem-se muito desconfortáveis. Um grande abraço da mãe ou do pai pode ser muito benéfico, se dado corretamente”. Até porque “os adolescentes precisam saber que podem contar com os pais” e abraçar pode ser o suficiente para que se sintam seguros. Mas se esta aproximação parecer mesmo desadequada, Tiffany Field lembra que há outras formas de contacto físico menos “intrusivas” para o adolescente: “Eles adoram uma massagem nos ombros, desde que lhes perguntemos primeiro!”.
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Mimo nunca é demais
Por tudo isto, é natural que as demonstrações físicas de afeto estejam mais presentes na infância, altura em que as crianças estão mais dependentes dos pais e que a própria satisfação das suas necessidades básicas implica um contacto mais próximo. “À medida que as crianças se desenvolvem (física, cognitiva e emocionalmente), tendem a procurar a independência dos vários adultos a quem estão vinculadas, diminuindo a necessidade deste contacto físico”, diz Carolina Martins Faria. Em contrapartida, “passam a necessitar de outras manifestações de afeto, verbais e comportamentais, de maior complexidade, que as apoiem nos novos desafios das etapas do seu desenvolvimento”. Outra das razões que pode contribuir para este desinvestimento é a ideia de que “muitas demonstrações de carinho estragam a criança com mimos”. “Esta ideia é errada, as crianças não são ‘estragadas’ por demasiado afeto, são ‘estragadas’ por falta de disciplina”, sublinha Ana Margarida Marcão.



Visto de uma perspetiva mais simplista, a carência de abraços pode ser apenas uma questão de falta de tempo. “Os pais são seres humanos, não são máquinas nem têm super poderes e há dias em que tudo o que conseguem fazer, depois de terem passado o dia todo no trabalho, é satisfazer as necessidades mais básicas, funcionais, das crianças: alimentá-las, dar-lhes banho e pô-las a dormir a uma hora decente para conseguirem repetir tudo outra vez no dia seguinte. O tempo e a disponibilidade física, intelectual e emocional para estar atento e investir na transmissão de afeto vai-se perdendo nos árduos dias de trabalho, que deixam aos pais apenas um escasso tempo livre para serem pais”, lamenta a psicóloga, sugerindo que “a única forma dos pais manterem um laço forte com as suas crianças é construir um hábito quotidiano de conexão ou ligação: por exemplo, dar um abraço à criança antes de a deixar na escola, quando a vai buscar e quando a põe a dormir”. Porque quando os pais investem mais na ligação à criança “tudo muda”, lembra Ana Margarida Marcão.

“O MEU PAI NUNCA ME ABRAÇOU!”
Quantas vezes terá sido repetida esta frase em jeito de ressentimento, em desabafos confidentes ou em sessões de terapia? Referida quase sempre com tristeza e mágoa, a carência de desmonstrações de afeto na infância pode mesmo deixar marcas para a vida. “A falta de afeto físico e intimidade emocional podem causar grande dor psicológica a uma criança e essa dor pode persistir na idade adulta como a causa subjacente de disfunção social”, confirma a psicóloga Ana Margarida Marcão. E explica: “A consciência do corpo está relacionada com a consciência emocional e intelectual. A falta de toque e espontaneidade emocional nas famílias leva a que os indivíduos não aprendam a reconhecer as suas próprias experiências emocionais”. Assim, podem vir a “reprimir as suas emoções, sofrer de doenças psicossomáticas e/ou confundir a necessidade de simples afeto físico com desejo sexual”. A ausência de demostrações de afeto e falta de toque “conduz a ressentimento, raiva e à sensação de não se ser querido”. Por tudo isto, as crianças “precisam ser tocadas e acarinhadas para desenvolverem intimidade emocional”. E tudo pode começar com um abraço, sublinha a psicóloga.

INSTINTO MILENAR
Há séculos que as mães sabem, instintivamente, que o toque tem um poder extraordinário: é através dele que acalmam o bebé que chora, pegando-lhe ao colo, confortando-o nos braços, ou massajando-lhe a barriga quando tem cólicas. Mais tarde, quando caem e se magoam, não há curativo melhor do que um beijinho da mãe. Os estudos científicos vêm apenas confirmar o que as mães já sabiam: o toque tem poderes benéficos para a saúde e o bem-estar. E com esta crescente evidência, há cada vez mais hospitais a incorporar terapias complementares, como as massagens, aos protocolos para doentes oncológicos ou do foro cardiovascular, por exemplo. Os efeitos não surgem só através de terapias mais sistematizadas, como a reflexologia, mas de gestos tão simples como partilhar um abraço, fazer uma massagem nos ombros ou simplesmente dar as mãos. Para perceber o poder do toque, basta olhar, por exemplo, para o hábito milenar das mães indianas, que massajam instintivamente os seus bebés, estimulando e fortalecendo o vínculo entre os dois. Na realidade, a massagem Shantala é “só” um momento diário de afeto entre a mãe e o bebé, que faz parte da rotina dos cuidados ao recém-nascido, mas que resulta num desenvolvimento mais saudável e harmonioso do bebé.