Como a criança era
vista no passado? Como ela é vista hoje?
O
“ser criança” mudou muito através do tempo. A construção de um conceito em que
a criança está no centro das atenções da sociedade é mais recente do que se
imagina. O post de hoje fala sobre essa trajetória sob o ponto de vista dos
maiores pensadores deste e dos séculos passados. Um conteúdo e tanto para você
aprofundar-se ainda mais no tema Primeira Infância e fortalecer seus
conhecimentos históricos a respeito.
“Ser
criança nem sempre foi sinônimo de fragilidade. A infância, assim como a
conhecemos, é uma invenção da modernidade, concebida através de uma evolução
cultural e histórica”.
Esta
frase abre o capítulo “Ser Criança Hoje”, da publicação Nota
10 Primeira Infância, idealizada pela parceria entre Canal Futura e
FMCSV.
Para
traçar uma linha do tempo, o livro mostra quais foram os principais historiadores,
psicólogos, psiquiatras, educadores e antropólogos que se debruçaram sobre o
tema e ajudaram a rever costumes do passado que, hoje, são inconcebíveis.
Você
sabia, por exemplo, que os ingleses vendiam seus filhos de sete anos como
escravos para os irlandeses, no século XII? E que o costume de não amamentar o
próprio filho, recorrendo-se às amas-de-leite, se estendeu até o século XV na
Europa?
Dentre
os pensadores citados no livro, está Jean Jacques Rousseau (1712-1778) que
influenciou a educação e defendia que a criança não deveria mais ser entendida
como um adulto em miniatura.
A
psiquiatra e educadora Maria Montessori (1870-1952), também mencionada, é uma
das precursoras do trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais.
Suas ideias e métodos foram adequados às crianças comuns nas escolas regulares
e receberam o nome de Método Montessori.
Célestin
Freinet (1896-1966) deu uma importante contribuição à educação criando o
trabalho-jogo, que se fundamenta em quatro eixos: cooperação, comunicação,
documentação e afetividade.
Lev
Vygotsky, Henri Wallon, Jean Piaget são alguns dos ícones históricos que se
destacaram na educação e formação da criança, vista como um indivíduo que
precisa de um olhar cuidadoso e diferenciado.
A
publicação também destaca pensadores contemporâneos e sua importância no estudo
sobre a infância, como Constace Kamil , Emília Ferreiro e Jerôme Bruner.
Desde
o final do século XIX, várias áreas do conhecimento (História, Cultura,
Psicologia, Educação, Medicina) vêm estudando a infância. Somente no início do
século XXI é que novas disciplinas, como as Ciências Sociais, as Neurociências
e a Economia, assumiram um papel fundamental ao colocar as crianças como
prioridades das políticas e dos investimentos em equipamentos educacionais,
creches, formação de educadores, dentre outras iniciativas.
Algumas
características preocupantes caracterizam a infância deste século, como
crianças agressivas, carentes afetivamente, superestimuladas, que sofrem
violência dentro de casa. Estes e outros aspetos são discutidos livro, que
também aborda em suas páginas as referências legais, o que tem sido feito pelo
poder público federal para garantir os direitos e a proteção à criança pequena,
os desafios e os ganhos da pluralidade de infâncias no país e o que uma nova
visão sobre a criança significa para as instituições e profissionais que lidam
com ela.
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